ORIGAMI E JAPONISMO
O verão 2012 da Letage surge a partir do origami e de como essa técnica milenar dialoga com o japonismo dos 80’s nas peças da coleção.
Dobraduras, fluidez, plissados e assimetrias, aspectos inerentes a essa inspiração, estão presentes em vestidos, camisas, tops e até em calças. O requinte da construção dessa fase tão marcante para a moda do século XX aparece aqui no couro, material que compõe a maior parte do DNA da marca.
A coleção está dividida em duas linhas, Primer e Resort. Na primeira, peças conceituais feitas a mão se destacam. São roupas em couro com textura e construção de renda, peças feitas em couros exóticos como cobra, por exemplo, bordados e estampas exclusivas de edição limitada. Para a linha Resort, as peças mais leves compostas em malha, jeans, sarja, algodão, tricoline, tricô e seda compõem a outra parte.
O destaque da coleção é quando o origami vai às ultimas conseqüências, o que acontece no vestido que leva sete dias para ser confeccionado. São duzentos e sessenta tiras de tela de alta costura, resultando num modelo empertigado em linha A.
A mesma peça serve como direcionamento para construir a parte comercial, onde quimonos e vestidos com as mesmas referências, mas feitos em tecidos casuais, se tornam possíveis para o cotidiano da mulher contemporânea, que é o público-alvo da Letage.
No quesito estampas, as dobraduras japonesas se desdobram e conversam com a obra de Bridget Riley, que é um dos maiores nomes da op art do último século junto com Victor Vasarely. A artista, que obteve seu ápice na década de 60, nada mais fazia do que dobrar, deixar fluir, sobrepor, inverter figuras geométricas em preto e branco numa típica alusão ao origami, pois resulta no mesmo efeito de movimento que essa fase artística proporciona.
Nessa temporada, a Letage traz com exclusividade para a sua campanha a top bielo-russa Maryna Linchuk que posou para as lentes da fotógrafa Karine Basílio com direção criativa da agência Image Consult.
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